segunda-feira, 15 de setembro de 2008



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Klimt, Waterserpents
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A areia está quente sob os meus pés. Escalda. Quero correr mas não me atrevo. Deito-me. O sol engole-me em lambidas ferozes. O corpo responde com dor. Não quero saber, está bom assim. O meu cabelo enrola-se na areia, encharca-se de sol e sal e grãos de areia.
Agarram-me mãos quentes que me violam em carícias loucas, demoradas, como se moldassem barro... e de barro me sinto. Desmancho-me ao mais pequeno toque e nele morro e fico.