terça-feira, 24 de fevereiro de 2009





Klimt, Golden fish
.
Olho-te a medo. Com medo de ti, com medo de mim.
Desejo-te a medo, quando fica escuro em mim.
Passo então os meus dedos no vermelho dos teus cabelos, no carmim dos teus lábios,
nas sardas que salpicam o teu rosto.
Afundo os meus olhos nos teus e peço-te por favor que não digas nada…
Porque as palavras rebentam a bola de sabão onde tu e eu moramos.
Ficamos então assim… como alma e reflexo uma da outra.
Passando os dedos em ti como se me procurasse a mim.