sábado, 28 de março de 2009

"Efémera" de Rita Fouto




.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Fui assistir a esta peça de teatro no dia 27 de Março, no Dia Mundial do Teatro: Efémera.
Quando li a ficha técnica fiquei à espera de um conto eventuamente banal... Mas a história é contada de uma forma tão singular e com um ritmo tão próprio que por si ganha vida e força.
Os actores são criativos, expressivos e de tal maneira envolventes que damos por nós a reviver momentos em que também vivemos despertares individuais e que são tão intensos e importantes para o crescimento pessoal...
E a música que acompanha a peça é tão bonita... Toda a equipa está de parabéns!!!
Aconselho vivamente!
Espreitem aqui: http://animaseapresenta.blogspot.com/

quinta-feira, 12 de março de 2009

.
.
.
.

.
.
.
.
.
.
.
Ilustração de Susanne Jansen
.
Desenhos a carvão em fundo negro – para quê?
A magia não é ver, é sentir e saber.
Fechar os olhos, encontrar o clarão aqui dentro
e ser ofuscada com brancos tempestuosos de razão.
Sentir... percorrer o vazio, com a língua a sentir o frio.

domingo, 8 de março de 2009

Simon and Garfunkel Scarborough Fair



"Are you going to Scarborough Fair?
Parsley, sage, rosemary & thyme
Remember me to one who lives there
She once was a true love of mine
Tell her to make me a cambric shirt
(On the side of a hill in the deep forest green)
Parsely, sage, rosemary & thyme
(Tracing a sparrow on snow-crested ground)
Without no seams nor needlework
(Blankets and bedclothes a child of the mountains)
Then she'll be a true love of mine
(Sleeps unaware of the clarion call)
Tell her to find me an acre of land
(On the side of a hill, a sprinkling of leaves)
Parsely, sage, rosemary, & thyme
(Washed is the ground with so many tears)
Between the salt water and the sea strand
(A soldier cleans and polishes a gun)
Then she'll be a true love of mine
Tell her to reap it in a sickle of leather
(War bellows, blazing in scarlet battalions)
Parsely, sage, rosemary & thyme
(Generals order their soldiers to kill)
And to gather it all in a bunch of heather
(And to fight for a cause they've long ago forgotten)
Then she'll be a true love of mine
Are you going to Scarborough Fair?
Parsley, sage, rosemary & thyme
Remember me to one who lives there
She once was a true love of mine."

sábado, 7 de março de 2009

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.
.
Ilustração de MEHRDOKHT AMINI
.
Entrego-me,
deito-me no céu vazio, azul, intenso,
aguado de mar e sal e lágrimas e areia que dói quando se esfregam os olhos...
.
Deito-me no vazio do céu, rasgando as nuvens, o vento,
as correntes quentes e frias que me lambem o corpo e agarram,
dilacerando e reabrindo golpes antigos.
Que já conheço, que já sei como doem, que arrisco de novo em senti-los...
.
Desço numa estonteante viagem, que me acelera o coração e oprime-o com medo, tanto medo...
de não sentir as minhas asas a abrirem... de me aperceber em vão que porventura não as tenho.
.
E vou querer que me agarres com dedos firmes e mãos fortes,
que vão saber a rochas que não se gastam com o vento.
Rochas de aço e não de areia...
.
Nunca mais quero que me saibas a areia.
Essa escorrega-me pelos dedos e nunca a consigo agarrar...
ilusão de a prender, abrir as mãos e sentir o vazio, que me escorre,
como o azul que me emprestas do teu olhar.